segunda-feira, 15 de junho de 2009

Meus Cães




Por mais racional que uma pessoa possa parecer, sempre deixará cair a máscara quando o assunto for seus animais de estimação. Não existe racionalidade na alegria festiva da recepção que esses fazem quando retornamos para casa, mesmo que só tenhamos saído para pegar a correspondência. Ser tão bem recebido vai minando a nossa frieza e transformando nossos companheiros em fornecedores de alegria, nos tornando adictos.
Posso estar completamente envolvido com os problemas cotidianos, mas é só olhar para o lado e lá estão eles nos fazendo companhia, silenciosos, quando se notam olhados passam a demonstrar sua alegria em serem notados, balançam o rabo, se aproximam e pedem carinho. Mais do que pedir carinho eles nos fornecem a confortável presença carinhosa de seus pêlos, focinhos gelados, patinhas que coçam os olhos, gracinhas inesperadas, fazendo, mesmo que por pouco tempo, o mundo parecer realmente um bom lugar.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Moonlight Serenade

Hoje foi para o trabalho ouvindo a trilha sonora de The Glenn Miller Story. Amo música e tenho muitos CDs, aproveito as minhas longas idas e voltas do trabalho para escutá-los. A escolha é um tanto rápida e muito variada pelo humor, mas, às vezes, pego algum CD que não ouço há tempos e deixo me surpreender por sua audição. Hoje foi isso que aconteceu.
A primeira coisa que posso dizer é que adoro Big Bands. A sonoridade produzida por aquelas orquestras é tão volumosa e sedutora que não tem como não ficar arrebatado por ela. Acho que na época, a juventude que curtia as bandas, hoje curtiria Heavy Metal, tamanho o volume do som.
Elas foram muitas, as melhores produzidas pelos EUA, lá, nem caberia citar a enormidade. Cada uma com suas peculiaridades. Foram fábricas de músicos importantes, fornecendo vasto material técnico para o Jazz, seu grande herdeiro.
Sem contar em seus crooners. Nossa: Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Anita O’Day...
Ouvindo a banda de Glenn Miller, a associação com máquinas é quase instantânea. A precisão da orquestração me fez pensar em engrenagens, correias dentadas, pistões, válvulas etc. Tudo meio já passado nestes dias de hoje que abandonam a mecânica. Assim como abandonamos aqueles sons.
Gosto das Big Bands desde criança. Me lembro de um baile que fui com meus pais e os assisti dançando pelo salão ao som de Severiano Araújo. Como achei bonito, como fui envolvido pela música, presenciar a realização de coisa tão cheia de camadas, ao vivo, me tirou da mesquinhez cotidiana, me levando para sei lá onde.
Na minha adolescência, durante uma das férias de verão passadas em Marataízes, eu e uns amigos, ao vermos um amigo da turma, finalmente tomar coragem e beijar uma menina, meio de chacota começamos a cantar Moonlight Serenade, no estilo de Pâ-pâ-nâ-nã....
Hoje, num carro rumando para Campo Grande, me lembrei da cena descrita a cima. Não dá para negar que tem algo Felliniano nela, faltou só o céu artificial, mas aquele coro de meninos, lado a lado, dançando em sincronia de um lado para o outro, cantando aquela música para enfeitar um momento importante de outro amigo, me grato aos amigos, principalmente aos amigos que conheciam Glenn Miller e me fizeram participar de um momento mágico.

domingo, 7 de junho de 2009

Introdução

Olá, me chamo Júlio e sou uma pessoa com diversos interesses. Posso exemplificar: sou médico, pneumologista para ser exato, mas também sou artista plástico, estou escrevendo alguns contos e agora iniciando um blog.
Todo Mundo é múltiplo.
Temos os mais variados interesses e gostos e nos damos direito de sermos contraditórios.
Este espaço tem a finalidade de servir às minhas múltiplas atividades, seja para expor fotos, vídeos, textos ou o que quer que seja.
Visite, comente.
Me ajude a construir uma ferramenta aberta aos desejos.
Bem vindos.